O primeiro bebé português de 2007 nasceu exactamente às 00:00 do dia 1 de Janeiro, na Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa. O prematuro rebento veio ao mundo de parto normal, com 2,420 kg de peso, segundo informou a instituição, mas estava previsto chegar apenas em Fevereiro. Os progenitores, cabo-verdianos, certamente não tiveram qualquer intenção, pois a mãe até se chama Carmelita, mas o certo é que a menina que inaugurou as hostilidades do novo ano tem nome de origem castelhana.
O facto pouco deve ter importado aos 28 por cento de inquiridos que se mostraram a favor de qualquer forma de união política com Espanha, onde a estreia nesta era globalizante coube à pequena Teodora, numa sondagem revelada pelo semanário Sol, em Setembro passado. Filha de pais romenos, nasceu dois segundos após a meia-noite, em Madrid, no mesmo dia em que a Roménia, juntamente com a Bulgária, celebrou a entrada na União Europeia, agora composta por 27 Estados-membros. Em que lugar passa a estar agora Portugal? E a Espanha?
Não sendo propriamente apoiante da causa unionista, talvez devêssemos pensar melhor o nosso futuro estratégico de modo a criar uma verdadeira aliança ibérica. Provavelmente, só nos seria favorável, até porque, como dizia a saudosa poetisa Natália Correia, «a Ibéria é a nossa mãe comum».
NAVEGADOR DA PASSAGEM - OS CAURIS
Há 3 meses
1 comentário:
É caso para perguntar ao Afonso Henriques o porquê de ter andado à batatada com a mãezinha! Já para não falar dos tios Filipes! Mal empregadinhos séculos de história... Viva a Carmen!
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