10 de maio de 2007

O papel? Qual papel?

Aos 62 anos, para sobreviver, Elisabete Costa viu-se na obrigação de voltar a trabalhar. No final da semana passada, dirigiu-se à Segurança Social do Areeiro, em Lisboa, para indagar sobre a sua situação, de quanto seriam as prestações mensais e a forma de as pagar.

O que se seguiu poderia ser hilariante, se não fosse o espelho da incompetência, do não querer saber, da estúpida e inútil burocracia que teima em atrapalhar a vida dos cidadãos e mergulha o país na inércia.

Não bastava constar como morta desde Maio de 2000 naqueles serviços. Pois bem, na resposta às legítimas dúvidas da pobre senhora, que até renovou o Bilhete de Identidade em Novembro de 2001, recebeu mais uma informação surpreendente.

Esclareceu a instituição de previdência que a mulher não podia cumprir as obrigações sociais excepto se provasse, por meio de certidão, que estava viva!

4 comentários:

Tiago disse...

Certidão emitida pela segurança social, supõe-se. Eu não me importava de estar morto. Para a segurança social e para o fisco, entenda-se.

José Nuno Pimentel disse...

Pois, tudo isto aconteceu porque, ao que parece, a senhora estava reformada desde 1999 e, supostamente, a receber uma pensão. Supostamente, poque reclama ela que nunca recebeu nada... Agora lixou-se!

SC disse...

Olha que realmente, isso só mesmo contado como anedota... de mau gosto!

Bolacha Maria disse...

Certidão??Esntão e a presença dela???Se calhar era um holograma..