2 de maio de 2007

Amor a quanto obrigas

A cena passou-se nos Estados Unidos. Sempre que lhe apetecia ver a mulher amada, Antonio Moreno, de 31 anos, percorria os 150 quilómetros que separam Inglewood de Santa Bárbara, na Califórnia. Até aqui nada de anormal. O problema é que não possuía carta de condução nem carro.

Por isso, de cada vez que apertava a saudade, roubava um automóvel nas imediações e seguia estrada fora. Segundo consta, terá feito a graça em 26 ocasiões, utilizando de preferência modelos japoneses mais antigos da Toyota e Nissan, para os quais dispunha de um dispositivo para os pôr facilmente em marcha.

Mas as histórias de amor nem sempre têm desfechos felizes. Ao que parece, a relação entre ambos terminara há muito, pelo menos no que toca ao desidério da parte feminina. O homem assim não entendia e tentou desesperadamente, por todos os meios, manter o namoro. Nem que para tal tivesse que infringir... ligeiramente, digamos, a lei.

De acordo com um porta-voz da polícia de Santa Bárbara, o arrebatado amante «roubava carros para tentar perpetuar o relacionamento». A adrenalina talvez não fosse tanta se tivesse apanhado boleia e a possivelmente teria evitado problemas com as autoridades, mas enfim...

Certamente irá agora pagar pelas infracções. Contudo, há crimes que, pela sua natureza, não deviam ser punidos com pena de prisão. O amor é lindo, mas como titulava o livro de Miguel Esteves Cardoso, também pode ser f#$%?&...

1 comentário:

Hugo Xavier Carmo disse...

Isto é que é ser maluco, na América tudo é possível, contem que eu acredito !