15 de junho de 2007

Terreiro do Paço, a mais bela praça da Europa (V e último)

A 1 de Fevereiro de 1908, uma carruagem descoberta onde viajam o rei D. Carlos, a rainha D. Amélia e os dois príncipes, atravessa o Terreiro do Paço. A família real regressa de Vila Viçosa, no Alentejo, e sofre um atentado que viria a precipitar a queda da monarquia e a instauração da República. Morre o rei, morre o príncipe Luís Filipe e fica ferido o irmão D. Manuel.

O duplo assassínio põe Lisboa em estado de choque. Quando o jovem rei D. Manuel (II) sobe ao trono, a monarquia está desacreditada e o país à beira da bancarrota, devido aos empréstimos acumulados. A principal praça lisboeta será, então, palco de confrontos entre monárquicos e republicanos.

Voltará à baila quase seis décadas depois, em 25 de Abril de 1974, quando os militares revoltosos estacionam os tanques no local, prenunciando a queda da Ditadura de António de Oliveira Salazar, que durou desde 1926, embora ele apenas tenha chegado ao poder dois anos mais tarde.

Adaptado de História de Lisboa, de Dejanirah Couto

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