A iniciativa tem tanto de inovadora e bem conseguida como de irritante. Os cartazes de publicidade da nova campanha da Sagres - o assobio, ou "fiu-fiuu" -, em pleno cais de embarque das estações do Metropolitano de Lisboa, têm por cima uma pequena caixa com um sensor que emite o som do silvo sempre que alguém passa em frente.
Podem imaginar a chinfrineira daquilo nas paragens mais movimentadas. Noutro dia, enquanto aguardava pacientemente pelo comboio, estive a ponto de despir este meu ar tranquilo e pacifista para, num instante acesso de loucura, dar cabo da maquineta.
Felizmente, acabei por ficar quieto e fui despertado pela chegada das ansiadas carruagens, a deslizarem pelos carris subterrâneos todas presas umas às outras em deprimente filinha indiana, mas que me levariam ao destino.
Não haverá por aí um movimento que poupe os nossos frágeis ouvidos da música natalícia no Chiado, das baladas nos elevadores, das canções nos telefones em espera, dos decibéis altíssimos nas lojas e da televisão ligada aos altos berros nos cafés?
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6 comentários:
Ainda não dei conta desse anúncio da Sagres.
Tenho que andar mais atenta.
Vamos lá criar um Movimento, porque essas coisas também me irritam a mim!
Junto-me ao movimento e, inspirado no teu metropolitano exemplo, proponho outra acção cívica: a chacina de toda a escumalha que não espera que um sujeito saia da carruagem antes de suas excelências entrarem de rompante, como se o comboio os fosse deixar na estação.
Eu cá ia dando em doido com os fiu, fius do Marquês, juro! Fiquei à beira da insanidade por breves momentos, mes depois veio o metro e como deixei de respirar e fiquei em coma durante 10m, a coisa passou.
EHEHEHEHEHHEH Gostei!
Ana, ah pois é, tens que ver...
ogait, já me esquecia desses. Somos um pouco pouco civilizado...
sombras de fim do dia, bem-vindo (também à blogosfera, pelo que já vi) e obrigado pela visita.
Foi precisamente no Marquês de Pombal que experimentei o sucedido... :)
Pois eu não faço ideia do que estais falando, mas posso imaginar, e digo desde já que também me irrita!
Já acho insuportável aquela televisão no metro que não deixa uma pessoa ler o seu livro sossegadinha.
E ogait, essa malta que persiste em não respeitar as entradas e saídas das carruagens são do pior. Mas eu continuo a andar como se não tivesse ninguém á frente. Temos pena.
Mas eu tenho prioridade. Na saída entenda-se.
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