6 de outubro de 2009

Amália, hoje e sempre!

Estranha forma de vida (poema de Amália Rodrigues: 23/06/1920-06/10/1999)

Foi por vontade de Deus
que eu vivo nesta ansiedade.
Que todos os ais são meus,
Que é toda minha a saudade.
Foi por vontade de Deus.

Que estranha forma de vida
tem este meu coração:
vive de vida perdida;
Quem lhe daria o condão?
Que estranha forma de vida.

Coração independente,
coração que não comando:
vive perdido entre a gente,
teimosamente sangrando,
coração independente.

Eu não te acompanho mais:
pára, deixa de bater.
Se não sabes onde vais,
porque teimas em correr,
eu não te acompanho mais.

2 comentários:

triss disse...

O meu preferido é "gente da minha terraaaa.." dá-me arrepios!

José Nuno Pimentel disse...

Isso lembra-me a Mariza e os tiques todos na voz que agora tem a cantar...