22 de fevereiro de 2008

A luz ao fundo do túnel

Quatro dias depois ter sido reaberto, utilizei primeira vez na quarta-feira o túnel do Rossio. Muitas foras as vezes que entrei de comboio pelo buraco que desagua na Baixa de Lisboa, desde a extinta estação de Santa Cruz de Benfica.

A escuridão deu agora lugar à farta iluminação, os carris já não seguem apoiados em toros de madeira e estes na pedra tão característica das linhas ferroviárias - o chão é agora feito do incaracterístico betão e cimento.

Antigamente, os vidros fronteiros da carruagem eram repartidas entre o habitáculo do condutor da máquina e os passageiros. Em petiz, uma das minha predilecções era atravessar o canal na dianteira e ver os dois buracos de luz ficarem cada vez maiores, até se perderem na imensidão da Estação Central.

Mas hoje, em vez do passo lento, a viagem de Campolide ao Rossio demora apenas quatro minutos e à entrada do derradeiro poiso já não se ouve a chiadeira de outrora, quando as duas linhas se multiplicavam no cais.

O trajecto de Benfica ao centro da capital leva apenas sete minutos, mas há que aproveitar cada um deles, pois o bilhete custa €1,15.

3 comentários:

Tiago disse...

Vá lá que não foste no dia da inauguração. Magotes de gente a atropelar-se para andar no suburbano e a queixar-se que não conseguiam ver as vistas (!).

W. V. D. disse...

ainda me lembro bem das viagens de regresso a casa....de madrugada

Ana e Vasquinho disse...

Também lá quero ir com o piolho, principalmente para ele andar de combóio, já que delira quando os vê passar ;)

Mas só de pensar no preço do bilhete, até me dói a alma.