Estranha forma de vida (poema de Amália Rodrigues: 23/06/1920-06/10/1999)
Foi por vontade de Deus
que eu vivo nesta ansiedade.
Que todos os ais são meus,
Que é toda minha a saudade.
Foi por vontade de Deus.
Que estranha forma de vida
tem este meu coração:
vive de vida perdida;
Quem lhe daria o condão?
Que estranha forma de vida.
Coração independente,
coração que não comando:
vive perdido entre a gente,
teimosamente sangrando,
coração independente.
Eu não te acompanho mais:
pára, deixa de bater.
Se não sabes onde vais,
porque teimas em correr,
eu não te acompanho mais.
NAVEGADOR DA PASSAGEM - OS CAURIS
Há 3 meses
2 comentários:
O meu preferido é "gente da minha terraaaa.." dá-me arrepios!
Isso lembra-me a Mariza e os tiques todos na voz que agora tem a cantar...
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