Num tempo em que a Internet era ainda uma miragem e frequentar uma escola de música um luxo, os populares e didácticos manuais deste transmontano nascido em 1938 garantiam a qualquer jovem o primeiro contacto com a clave de Sol, as mínimas, breves e semibreves.
Vem isto a propósito de uma reportagem que vi há dias no sociológico, instrutivo e hilariante programa Liga dos Últimos, da RTP N, que versa sobre o futebol distrital e o Portugal profundo, espalhado pelo Mundo. A dada altura, um casal de emigrantes na Holanda que se dedica a propagandear o desporto-rei lusitano, folheava os livros da sua biblioteca quando alguns deles me despertaram a atenção.
E pensar que comecei a aprender o que era a pauta pela cartilha do Cebolo!
O padre Januário é acusado de ter uma filha, Isabel, e de roubar as jóias dos Mendonça que valiam uma fortuna.
Natália foi difamada publicamente e o seu pai, acusado pela morte do sogro, morre assassinado à sacholada.
Duas crianças, trocadas ao nascer, vivem no mesmo palacete onde a rica ocupou a posição da pobre, de quem passa a ser criada, enquanto a pobre tomou o lugar da rica que odeia e maltrata.
Miriam, uma cristã a quem os romanos cegaram e escravizaram, é condenada a morrer queimada, mas uma poderosa força a protege.
Carmencita, a cigana sedutora, lia a sina nas palmas da mão que lhe estendiam, mas não via nelas o segredo do seu nascimento.
A irmã Teresa, a freira mais linda do Convento das Cristianas, descobriu que ali havia um terrível mistério.
Miguel e Damião amavam-se como irmãos e cresceram juntos numa quinta onde um criado os levou a práticas sexuais aberrantes.
O amor de um cego por uma jovem desfigurada. Um cemitério onde um necrófilo profanava os túmulos para violar as mortas.
Maria Alice é dada como morta no desatre ferroviário de Alcafache. O homem que antes a desonrou casa com a própria irmã.
2 comentários:
Que maravilha! Consegues arrnajar-me uns exemplares para eu levar de férias? Claro que os teria que ler às escondidas, mas não resisto, o enredo parece ser fascinante. E tendo em conta a pinta do autor, a coisa promete!
Nem sabes quanto promete!
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