Quatro dias depois ter sido reaberto, utilizei primeira vez na quarta-feira o túnel do Rossio. Muitas foras as vezes que entrei de comboio pelo buraco que desagua na Baixa de Lisboa, desde a extinta estação de Santa Cruz de Benfica.
A escuridão deu agora lugar à farta iluminação, os carris já não seguem apoiados em toros de madeira e estes na pedra tão característica das linhas ferroviárias - o chão é agora feito do incaracterístico betão e cimento.
Antigamente, os vidros fronteiros da carruagem eram repartidas entre o habitáculo do condutor da máquina e os passageiros. Em petiz, uma das minha predilecções era atravessar o canal na dianteira e ver os dois buracos de luz ficarem cada vez maiores, até se perderem na imensidão da Estação Central.
Mas hoje, em vez do passo lento, a viagem de Campolide ao Rossio demora apenas quatro minutos e à entrada do derradeiro poiso já não se ouve a chiadeira de outrora, quando as duas linhas se multiplicavam no cais.
O trajecto de Benfica ao centro da capital leva apenas sete minutos, mas há que aproveitar cada um deles, pois o bilhete custa €1,15.
22 de fevereiro de 2008
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3 comentários:
Vá lá que não foste no dia da inauguração. Magotes de gente a atropelar-se para andar no suburbano e a queixar-se que não conseguiam ver as vistas (!).
ainda me lembro bem das viagens de regresso a casa....de madrugada
Também lá quero ir com o piolho, principalmente para ele andar de combóio, já que delira quando os vê passar ;)
Mas só de pensar no preço do bilhete, até me dói a alma.
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