Conheci a Isabel quando andávamos na escola secundária, eu na área de Humanísticas, ela na de Ciências. Depois de ambos termos feito parte da Associação de Estudantes, ficámos amigos para sempre, embora as vicissitudes das vidas de cada um nos mantenham, nos dias de hoje, algo afastados.
Certo dia, vivia ela ainda em casa dos progenitores, viu-me passar as mãos por água e sabonete, e disse-me mais ou menos assim:
- Pareces o meu pai. Esfregas bem entre os dedos, lavas os pulsos e dás voltas e mais voltas...
Não me lembro da minha resposta, mas o que interessa nesta história é o facto de a pessoa a quem ela se referia ser, actualmente, ministro da Saúde.
Lembrei-me disto ao ler uma notícia, da semana passada, a qual contava que o facto de "ter as mãos desinfectadas conseguiu reduzir as infecções no Hospital de São João, no Porto, de 19% em 2005 para 12,5% este ano".
Para tal, "bastou avançar com uma medida já aplicada em várias unidades pelo mundo fora: colocou dispensadores de solução alcoólica desinfectante ao pé de cada cama e apostou na formação dos funcionários" no que diz respeito às normas básicas de higiene.
Às vezes, as medidas mais insignificantes - ou que assim nos parecem - têm resultados espantosos. E algumas são tão fáceis de tomar.
NAVEGADOR DA PASSAGEM - OS CAURIS
Há 3 meses
2 comentários:
Maravilhoso títalo...
Este nosso ze e um poeta:-)
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